Resumo |
O Brasil está entre os 10 maiores produtores mundiais de arroz, e o estado do Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 70% dessa produção, sendo mais da metade produzida com um sistema de irrigação. Esse sistema de irrigação utiliza geralmente de bombas e motores elétricos para seu funcionamento, o que demanda uma grande quantidade de energia elétrica. Existem incentivos tarifários para mover essa grande demanda energética gerada pela irrigação para um horário de menor estresse para o sistema elétrico, porém, observou-se que este desconto na tarifa geralmente não é utilizado de forma otimizada. A proposta deste estudo é avaliar o retorno financeiro da utilização de forma otimizada deste incentivo, quando comparado com a forma que atualmente é feita a irrigação. Para isso, primeiramente levantou-se o consumo de todos os agricultores que possuem o benefício de modo a encontrar os possíveis candidatos a aplicação da proposta, a partir daí, foram analisados os perfis de carga dos candidatos de modo a identificar se era possível a aplicação conforme proposto. Para os consumidores em que foi possível a aplicação, foi feito o estudo do retorno financeiro, para aqueles onde não foi possível aplicar, justificou-se a não aplicação e foram sugeridos estudos específicos e melhorias. O perfil de carga proposto mostrou-se bastante eficiente principalmente em unidades faturadas no grupo B, a aplicação para estes consumidores é mais simples devido a menor área que possibilita um maior controle da irrigação, nos dois casos que foram estudados obteve-se resultados entre 40 e 50% de redução no valor total gasto com energia para o ciclo completo de irrigação. A principal contribuição deste trabalho é servir como base inicial para a avaliação de alterações no perfil de carga em consumidores irrigantes visando retorno financeiro na fatura de energia.; |