Resumo:
Movimentos visando à flexibilização dos modelos tradicionais de trabalho são desencadeados em virtude de mudanças políticas, sociais, demográficas e tecnológicas que afetam a força e os locais de trabalho. A crise com consequências sociais, sanitárias e econômicas causada pelo vírus SARS-CoV-2 acelerou algumas práticas relacionadas à flexibilização do trabalho. Assim, transformações em direção a modelos mais dispersos de trabalho geram preocupações sobre controle, capacitação, monitoramento e avaliação de desempenho do trabalhador. Nesse sentido, modelos de trabalho remoto, teletrabalho e home office representam um desafio para os gestores em termos de como administrar seus funcionários. Este trabalho aborda políticas, estratégias e práticas adotadas para projetar e gerir o trabalho remoto, teletrabalho e home office, por meio de um estudo de caso único incorporado exploratório. Para tanto, são entrevistados dezessete gestores de três áreas distintas de uma organização. Em termos de contribuição de pesquisa, por meio da estrutura metodológica do projeto fundamentado (Grounded Design) e da logica
CIMO, são elaborados e apresentados vinte e cinto prescrições para projetar e gerir
arranjos de trabalho flexível, trabalho remoto, teletrabalho e home office. Essas prescrições podem compor um projeto do trabalho que contribua para o desenvolvimento de competências organizacionais, aprimore o processo de gestão, desenvolva as pessoas e harmonize as relações em contextos laborais flexíveis.