Resumo:
O modo de trabalhar foi bastante impactado durante os primeiros meses da
pandemia de covid-19, que motivou muitas empresas e instituições a migrar as
atividades exercidas em ambiente profissional, como escritórios, escolas,
universidades, entre outros, para a casa dos trabalhadores, que passaram a atuar na
modalidade de teletrabalho de forma emergencial. A presente pesquisa tem como
objetivo investigar através de revisão de literatura os principais aspectos relatados por
teletrabalhadores que influenciaram em sua satisfação com a ergonomia do ambiente
de trabalho residencial. Como abordagem metodológica utiliza-se pesquisa qualitativa
e quantitativa por meio de revisão sistemática da literatura em trabalhos científicos
publicados entre 2020 e 2022 na base de dados da Science Direct. Após realizar a
busca, o material foi catalogado usando a ferramenta StArt para revisões de literatura,
e foram selecionados 37 artigos com temas pertinentes à ergonomia e à percepção
do usuário com o ambiente de teletrabalho. Os dados coletados foram inseridos no
VOSviewer para elaborar mapas para análise bibliométrica. Os resultados
encontrados indicam que fatores como o menor tempo de deslocamento e a
proximidade com a família são vistos de forma positiva e que pontos como a falta de
equipamentos e de ambientes adequados para desenvolver as atividades de trabalho
podem contribuir de forma negativa para a percepção dos trabalhadores sobre essa
modalidade de trabalho. Os resultados encontrados contribuem para a discussão
sobre a importância da estruturação de ambientes residenciais adequados para
receber as atividades de trabalho, com equipamentos que possam se adaptar às
condições do usuário, conforto e privacidade, que deve ser preocupação não apenas
do trabalhador, mas de seu empregador também.