Resumo |
O avanço descontrolado do crescimento humano modificou de forma significativa o Planeta Terra. O Bioma Mata Atlântica, no Brasil, sofreu grande impacto. Atualmente restam aproximadamente 15% do Bioma. Todavia, no ano de 2006, foi sancionada a Lei 11.428, popularmente conhecida como Lei da Mata Atlântica. Essa legislação cria uma política pública específica para proteção do Bioma. O município de estudo está situado na transição entre o Bioma Mata Atlântica e Pampa, apresenta como cobertura natural a Floresta Estacional Semidecidual, Área de Formações Pioneiras e Campos Mistos de Andropogôneas e Compostas. O presente estudo tem por objetivo contribuir para a elaboração do Plano Municipal de Mata Atlântica e a gestão da flora nativa no Município de Gravataí (RS, Brasil), através do mapeamento dos remanescentes florestais e ecossistemas associados do Bioma Mata Atlântica, da avaliação do nível de preservação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) de mata ciliar e nascentes. E, da Unidade de Conservação de uso sustentável Área de Proteção Ambiental Banhado Grande (APABG). Para isso, foi utilizado um Sistema Informação Geográfica e várias ferramentas de geoprocessamento. Os dados para análise foram obtidos através da Coleção 6 do Projeto MapBiomas. Os dados de cobertura do solo foram reclassificados para atender as necessidades do estudo. Toda a base cartográfica está atrelada ao sistema geodésico SIRGAS 2000 na projeção UTM 22 Sul. Os resultados obtidos através da análise de cobertura do solo apontaram a cobertura florestal na cidade de 158,03 Km2 , equivalente a 33,65% da área do município. A sobreposição dos mapas das APPs e da APABG com os mapas de cobertura e uso do solo permitiu identificar áreas de ocupação irregular. Desta maneira, nível de cobertura de formação florestal encontrado nas APPs estudadas foi de 54,75%. Recomenda-se a Prefeitura de Gravataí a criação de um departamento, na Secretaria de Meio Ambiente, responsável pela elaboração e implementação de políticas públicas ambientais.; |