Resumo |
Em 2016, os cidadãos do Reino Unido compareceram às urnas para votarem
pela permanência ou não do Reino Unido na União Europeia (UE). Esse processo,
nomeado de Brexit, marcou a história do bloco europeu, pois foi a primeira vez que
um país solicitou seu desligamento. O objetivo deste estudo é avaliar os impactos
sobre o comércio internacional e os efeitos sobre o bem-estar no Reino Unido e na
UE a partir da consolidação do Brexit. Nesta pesquisa, utilizou-se a classificação de
produtos por grau de intensidade tecnológica, segundo os critérios da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o modelo de equilíbrio
geral computável, mediante uso da base de dados Global Trade Analysis Project
(GTAP), versão 9. Os resultados revelaram que o Reino Unido seria o maior
prejudicado com a ruptura, ocorrendo uma redução no volume de bens
transacionados e uma diminuição do bem-estar – queda na eficiência alocativa e
deterioração dos termos de troca. Identificou-se que a UE também seria prejudicada
com o Brexit, porém com menor intensidade devido ao seu mercado comum.
Observou-se também que outras regiões obteriam vantagens comerciais e de bem estar, como, por exemplo, RICS (Rússia, Índia, China e África do Sul), USMCA
(United States-Mexico-Canada Agreement) e Brasil.; |