Resumo |
A independência de determinada região de seu município de origem pode se basear em
uma série de fatores que, juntos ou isolados, determinam não apenas a continuidade ou a
fragmentação do território, mas sim toda uma nova estrutura de Estado que nasce para fazer
frente aos anseios da população local. O objetivo do estudo foi analisar a evolução do
desenvolvimento humano em municípios gaúchos emancipados na década de 1990 e com até
5.000 habitantes (2010), em comparação aos municípios de origem. O período de análise foi
2000/2010 e a metodologia empregada foi a análise do IDHM e dos indicadores de
desenvolvimento que integram cada dimensão, além do Índice de Gini. Os resultados revelaram
que o conjunto dos 131 municípios emancipados obtiveram evolução superior aos respectivos
municípios de origem no IDHM (80,2% dos municípios), no IDHM Longevidade (54,2% dos
municípios), no IDHM Educação (74,1% dos municípios) e no IDHM Renda (75,6% dos
municípios). Quando observado o desenvolvimento médio do índice, que demonstra o avanço
ou retrocesso real das dimensões dentro do período de referência, observou-se que os
municípios emancipados experimentaram crescimento médio superior ao vivenciado pelos
municípios de origem na ordem de 33,8% no IDHM, 7,99% no IDHM Longevidade, 25,47%
no IDHM Educação e 43,52% no IDHM Renda. Por fim, quando analisada a posição do
município frente a seu respectivo município de origem ao final do período da pesquisa,
identificou-se que apenas 7,6% dos municípios emancipados superaram o índice do respectivo
município de origem no ano de 2010, seguido de 37,4% dos municípios para o IDHM
Longevidade, 13,7% dos municípios para o IDHM Educação e, por fim, 19,8% dos municípios
para o IDHM Renda.; |