Resumo:
A integração anátomo-fisiológica do sistema auditivo constitui um pré-requisito para
aquisição e desenvolvimento normal da linguagem. A criança deve ser capaz de prestar
atenção, detectar, discriminar e localizar sons, além de memorizar e integrar experiências
auditivas para atingir o reconhecimento e a compreensão da fala, isto é, ouvir a linguagem por determinado tempo é imprescindível para ultimar seu uso (FROTA, 1998).
A chave para a reabilitação bem sucedida da criança deficiente auditiva é o
diagnóstico precoce da surdez e o imediato início do programa reabilitativo, envolvendo o uso de amplificação e educação adequada (EVIATAR, 1984). A Triagem Auditiva Neonatal
(TAN) busca identificar os indivíduos suspeitos de deficiência auditiva, o mais precocemente possível e encaminhar, quando necessário ao diagnóstico e à intervenção, preferencialmente até os seis meses de idade, reduzindo, dessa forma os prejuízos causados pela perda auditiva em diversas habilidades humanas. Identificar as crianças de risco para a deficiência auditiva permite determinar quais delas necessitam monitoramento audiológico periódico, já que a surdez pode surgir tardiamente ou ser progressiva. Também auxilia na determinação da etiologia desta alteração, importante em cada caso particular e, coletivamente para a redução da sua ocorrência (TOCHETTO E COL., 2005). Baseando-se na alta incidência da deficiência auditiva infantil, especialmente em crianças com indicadores de risco esta pesquisa busca salientar a relevante contribuição de um programa de TAN na detecção precoce da perda auditiva e conseqüentemente, no diagnóstico audiológico e na intervenção terapêutica. Desta forma, o objetivo desta pesquisa consiste em estudar os indicadores de risco para a deficiência auditiva, segundo o JCIH (2007), apresentados pelos neonatos do município de Caxias do Sul - RS.