Resumo |
O primeiro mês de mandato, 2017, do recém-eleito prefeito de São Paulo, João Doria, gerou 35 textos no portal online da Folha de S. Paulo sobre o assunto que ficou conhecido, na época, como a Guerra do Spray. Este trabalho realiza, a partir daí uma análise da midiatização do grafite e do pixo, práticas abordadas em cada um destes textos, tendo em vista a conceituação destes elementos e suas características convergentes, considerando-se estudos de autores como Silveira (2012), Mittmann (2012), Pereira (2005), Pennachin (2003) e Downing (2002). Além disso, também abordo aqui a discussão sobre a midiatização, trazendo conceitos e reflexões sobre seu papel como processo social. Para tanto, me baseio em autores que têm enfrentado o tema, tais como Braga (2006) e Gomes (2008 e 2016). Do ponto de vista metodológico, faço uma análise de conteúdo, utilizando os autores Bardin (1977) e Fonseca (2014) como forma de conceituar este processo. Minhas principais conclusões são de que há uma construção de conceitos ao pixo e o grafite realizada por meio da midiatização vinculada ao veículo; essa construção, além disso, se apresenta como divergente em relação às teorizações acumuladas sobre a relação entre pixo e grafite.; |