Resumo:
A presente tese tem como objetivo conhecer os sentidos dados ao campo jurídico nas interfaces de diversas mídias compreendendo os imaginários que atravessam as imagens. O campo jurídico é pensado nesta pesquisa a partir da intuição bergsoniana (BERGSON, 2005; DELEUZE, 2004), apresentando-se como um virtual que se atualiza nas mídias. Diante disso, a pesquisa é atravessada pelo seguinte problema: Como diversas mídias visuais e audiovisuais dão a ver o campo jurídico e quais imaginários são convocados para construir esses mundos técnicos e estéticos do Direito? A flânerie (BENJAMIN, 2006) se tornou o caminho metodológico que permitiu observar com todos os sentidos algumas imagens do campo jurídico presentes nos mundos televisivos (KILPP, 2003), na ficção seriada, nos telejornais, mas também em sites e aplicativos, assim como em imagens de plataformas de comunicação ao vivo em tempos de pandemia. Para pensar as imagens e os imaginários, autores como Flusser (1985), Castoriadis (1995) e Maffesoli (2001) foram fundamentais. Entre as conclusões, compreende-se que as mídias se tornam um dos territórios mais importantes de significação dos mundos jurídicos.