Resumo:
Nas últimas décadas, a formação de redes empresariais manifestou-se como uma estratégia para sustentar as empresas nos seus mercados aprimorando a competitividade das pequenas e médias empresas em diversos setores da cadeia produtiva. Com o passar do tempo, torna-se necessário que as redes empresariais busquem estratégias para o seu crescimento, atraindo novos associados e ampliando seu escopo de atendimento. Face a isto, a estratégia de intercooperação em redes empresariais emerge como estratégia de crescimento onde a complementariedade das redes auxilia a obtenção de objetivos comuns, além de manter as redes atrativas para seus participantes, bem como a novos associados. Neste sentido, faz-se necessário o estudo sobre os fatores que propulsionam e restringem as redes em aderir a estratégia de intercooperação. Assim, o presente estudo oportunizou compreender e analisar o impacto dos fatores propulsores e restritivos à intenção de intercooperação em redes empresariais. O estudo é constituído por métodos mistos, em que a etapa quantitativa é concebida pela técnica survey com 156 respondentes associados a redes empresariais e, a partir desta pesquisa, foram analisados os principais fatores propulsores e restritivos que impactam a adoção à intercooperação em redes empresariais. A partir do entendimento dos fatores e o impacto destes sobre a intenção de intercooperação, procedeu-se com o estudo de caso, onde foram entrevistados 05 gestores de redes que pertencem ao processo de intercooperação. O estudo demonstrou contribuições gerenciais e teóricas a respeito da identificação dos fatores propulsores e restritivos e suas dimensões, além do impacto destes na intenção das redes empresariais em adotar estratégias de crescimento por meio da intercooperação. O estudo, por meio das etapas quantitativas e qualitativas, cumpre os requisitos propostos, demonstrando que os associados a redes empresariais identificam o processo de intercooperação como uma maneira viável de crescimento sustentado em redes empresariais. Os achados demonstram que há influência significativa, tanto para os fatores propulsores, quanto restritivos sobre a intenção dos associados em redes empresariais em aderir a estratégia de crescimento através da intercooperação em redes.