Resumo |
A vitalidade urbana, assim entendida a presença de pessoas nos espaços
entre as edificações – ruas, praças, calçadas, becos – independente do motivo
(deslocamento, conversando com algum vizinho, fazendo compras, se exercitando
etc.), é muito importante para uma cidade, por diversas razões. No entanto, o
contexto de pandemia causado pelo novo Coronavírus, que iniciou em 2019 e se
estende em 2020 e 2021, alterou o comportamento das pessoas nos espaços fora
de casa, pela necessidade de distanciamento social. Considerando que há diversos
elementos que impactam positiva ou negativamente na vitalidade urbana, esse
estudo buscou verificar o impacto dos aspectos de forma urbana na vitalidade de
bairros em um contexto de pandemia, limitados àqueles encontrados na literatura
com abrangência de nível comunitário ou coletivo: diversidade no uso do solo,
configuração da malha viária, riqueza visual, fachadas ativas, mobiliário urbano e
densidade populacional. A pesquisa foi realizada através de questionários online,
aplicado com 50 moradores dos bairros Boa Vista, Guarani e Rio Branco em Novo
Hamburgo, que identificaram quais os aspectos de forma urbana que consideram
mais ou menos relevantes para que andem a pé ou realizem atividades na rua e
espaços públicos do bairro durante e após a pandemia da Covid-19. Os dois
aspectos mais importantes para a vitalidade urbana identificados pelos participantes,
tanto em um contexto de pandemia quanto após a pandemia, é a presença de
vegetação e arborização e a iluminação na rua. No contexto de pandemia, distâncias
caminháveis e ruas sem muitos aclives também são relevantes, assim como a
presença de mobiliário urbano e a ausência de muros, paredes cegas e terrenos
baldios. Após a pandemia, ganha mais importância a diversidade de ocupação do
solo com a presença de comércios, restaurantes, bares, cafés, assim como de
equipamentos urbanos como escolas, órgãos públicos e hospitais.; |