Resumo:
Essa aventura investigativa é sobre inter-relações comunicativas. Pego a minha luneta e outras ferramentas necessárias para a viagem tendo um foco – as inter-relações de pessoas comunicantes com o filme Residente. Nessa viagem, busco descobrir se estas relações possibilitam a reflexão e o reconhecimento das diferenças identitárias de maneira a contribuir para a construção de uma cidadania comunicativa intercultural. A fim de compreender os entornos da problemática, realizo um movimento de contextualização em torno do objeto de referência, buscando e mapeando as processualidades e apropriações que o envolvem. Para embasar as descobertas, chamo para os diálogos autoras/es que dão conta dos aportes teórico-metodológicos e as pessoas que participaram das entrevistas. Para dar conta desta caminhada e do seu desafio, oriento sua dimensão epistêmica, pela transmetodologia, que orientou todos os processos e arranjos metodológicos realizados. Para pensar os processos comunicacionais investigados, procuro me nutrir de perspectivas para pensar a midiatização, as identidades culturais, as pessoas comunicantes e a cidadania comunicativa intercultural. Na pesquisa empírica, realizo uma fase exploratória, a partir de questionários disponibilizados em ambientes digitais, para fundamentar as escolhas das pessoas coparticipantes da fase sistemática da pesquisa. Nesta fase, que contou com oito participantes, realizo entrevistas em profundidade e uma dinâmica para mapear as imagens/narrativas do filme relevantes para estas/es entrevistadas/os. A partir dos diálogos de quem são essas pessoas e de como elas percebem e entendem o mundo, foi possível observar que o filme contém elementos que colaboram para fazer ver as realidades culturais que há muito tempo foram negadas, incompreendidas e excluídas e ampliar a compreensão das pessoas sobre a multiplicidade e pluralidade das identidades culturais para a construção de uma cidadania comunicativa intercultural.