Abstract:
A gestão da cadeia interna de abastecimento de medicamentos em hospitais atraiu considerável atenção recentemente com o advento da pandemia COVID19 nos hospitais. Os medicamentos são uma espécie de produto único. As principais características dos medicamentos são a menor vida útil e o alto nível de serviço, o que causa grande dificuldade para os hospitais no gerenciamento de sua cadeia de suprimentos. Este trabalho tem como objetivo propor um método que possa reduzir as ineficiências decorrentes da distribuição interna de medicamentos na rede hospitalar, contribuindo para a redução e adequação dos estoques de medicamentos e melhorando a disponibilidade, garantindo a assistência ao paciente. O tema foi revisado para identificar aspectos metodológicos relevantes, possíveis abordagens comumente adotadas, principais diferenças entre estudos e protocolos, principais desafios e lacunas de conhecimento. O protocolo usado para a revisão foi o PRISMA (itens de relatório preferidos para revisões sistemáticas e meta-análises). Com base nesta revisão, optou-se por uma pesquisa qualitativa baseada na metodologia Design Science Research (DSR), tendo como artefato a proposta de um framework de gestão da cadeia interna de distribuição de medicamentos em hospitais utilizando tecnologia RFID (Radio Frequency Identification). A proposta pretende orientar passo a passo sua implantação em hospitais públicos e privados, visando reduzir o desperdício de medicamentos e interrupções no fluxo da rede. O trabalho consiste em uma seção preliminar sobre o objetivo do estudo, definição, uma seção com a proposta do framework, processo de implementação, avaliação da proposta por um grupo de especialistas e, por fim, as considerações finais. O especialista do grupo avaliou os resultados desta proposta em reunião de apresentação e discussão sobre o método. Os resultados mostram que a proposta é viável e se apresenta para organizar a oferta hospitalar e reduzir custos de gestão no planejamento de compras e distribuição de medicamentos. A proposta também se apresentou como uma forma possível de incluir os hospitais em um processo sustentável adaptado à economia circular.