Resumen:
Os ambientes de trabalho passaram por significantes transformações no século XX. A inserção de tecnologias, controle do tempo, mão de obra qualificada, modelos e formas de organização e estruturação dos serviços, altas produtividades e competitividade no mercado modificaram as condições de trabalho e, também, a sociedade. (MENDES; DIAS, 1991; SANTANA; SILVA, 2009). Com essas mudanças ocorreu a reestruturação produtiva e interferiu nos contextos sociais, especialmente na área da saúde e do trabalho, pois o país dependia de uma população saudável e com capacidade produtiva. (ESCOREL; TEIXEIRA, 2008; SELIGMANN-SILVA et al., 2010). Um fenômeno dessa relevância gerou uma reação correspondente na classe operária frente a intranquilidade da garantia de um espaço laboral, e a sustentação deste na sociedade moderna, vindo a tornar-se um fator de risco, para ocorrência de doenças no ser humano. (FAN et al., 2013). Com o processo de transição demográfica e epidemiológica, associada aos novos processos produtivos (NEDER; BORGES, 2006; SCHRAMM et al., 2004), tornou emergente as condições de morbimortalidade na população. Este novo perfil epidemiológico demonstra o predomínio das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) influenciadas pela diversidade de fatores de risco, e por altas prevalências de doenças e mortes. (OTTO et al., 2016).