Resumo:
O desafio de estabelecer os laços entre a cultura popular e a midiatização foi a construção do presente trabalho, que traz traços marcantes de uma cultura desenvolvida por negros, crioulos, indígenas e pardos. A cultura do Bumba-Meu-Boi, presente em vários estados do país, porém, marcadamente enraizada na Ilha de São Luís do Maranhão e cidades que compõe a Baixada Maranhense, passou por processos de hibridização cultural e midiatização social. Alcançando novos públicos, criando disputas no campo virtual, agregando e disseminando conhecimento, expondo sensualidade e exibindo ritmos, cores, bailado e muita emoção. O trabalho apresenta-se distribuído em cinco atos. Primeiro como o autor se aproxima do seu lugar da fala, demarcando sua identidade, circulando brevemente a respeito da cultura do Bumba-Meu-Boi, observando os métodos e casos, realiza inferências preliminares e mostra seus objetivos e justifica-os. No segundo momento, aprofunda-se um pouco mais sobre o objeto, referências, método de questionamentos e busca respostas preliminares, porém mais estruturadas e com a hipótese preliminar do caso a ser discutido. Quando do terceiro momento, retorna construindo mais perguntas e respostas, contextualizando e descrevendo a historicidade da cultura do Bumba-Meu-Boi na capital ludovicense e cidades da baixada, além de algumas curiosidades que cercam o imaginário religioso, cultural, ético e midiático, como um santo sem altar, as ritualísticas pré-temporada, durante o São João e conclusão de festividades do folguedo ludomaranhense. No quarto item contém os apontamentos teóricos e no quinto detalha-se os indícios e inferências preliminares do processo de midiatização fazendo uso da rede social Instagram como veículo de comunicação social e midiatização popular. Faz-se, portanto, as considerações finais e deixa uma oportunidade de aprofundamento do tema para a construção do doutorado.