Resumen:
Os home offices são espaços de trabalho estruturados nos lares de vários profissionais, mas, segundo uma concepção preestabelecida no imaginário popular, a configuração desses espaços apresenta basicamente uma mesa, uma cadeira e um computador, onde o profissional desenvolve suas atividades laborais. Com outro olhar, este estudo vem promover a desconstrução desse pensamento dominante, buscando um novo conceito de home office para profissionais da indústria criativa. O trabalho inicia com uma revisão bibliográfica sobre temáticas que envolvem o conceito de home office, a partir da qual se busca ampliar o conhecimento acerca dessa modalidade de trabalho em ambiente residencial. Utiliza-se, como método norteador da pesquisa, a proposta de Massimo Canevacci, apresentada em seu estudo A Cidade Polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana. A metodologia do trabalho segue três etapas: a primeira concentra-se no mapeamento de profissionais que trabalham em home office, apresentando uma seleção final de dez profissões analisadas; a segunda consiste na observação dos contextos escolhidos, com a análise e interpretação dos dados, em que os espaços de home office são compreendidos como fragmentos do estudo; e, por fim, a terceira etapa caracteriza-se pela proposição de diretrizes projetuais derivadas das informações coletadas nas etapas anteriores. Ainda nesta etapa, realiza-se uma fase de experimentação projetual, em que se busca aplicar os conhecimentos gerados na concepção de um novo conceito para o home office, que vem a ser o de lar-ateliê. A partir dessa concepção, desenvolve-se uma representação visual de modelos de ambientes para os profissionais selecionados. As constatações alcançadas, associadas ao conhecimento adquirido no estudo, possibilitaram a verificação de diversas variáveis e configurações possíveis de espaços de trabalhos residenciais.