Resumen:
O presente trabalho tem como objetivo analisar as políticas para o petróleo dos
governos de Getúlio Vargas (1951-1954), Fernando Henrique Cardoso (1995-1998) e
de Luiz Inácio Lula da Silva (2006-2010), momentos em que se estabeleceram marcos
na história do setor: a criação da Petrobras (1953), a Lei do Petróleo (1997) e a
confirmação da descoberta do pré-sal (2007). O ponto de partida, entretanto, são as
expectativas criadas e os impactos causados pelo último fato e de que forma o
passado alusivo ao primeiro aparece nos discursos e na tomada de medidas
governamentais. Até então, o governo Lula administrava políticas para o setor
petrolífero herdadas do governo que o antecedeu, de Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002), por sua vez, alteradas a partir da publicação da Lei do Petróleo, em
1997. Esta Lei definiu pela abertura do capital da estatal do petróleo, a Petrobras, e
extinguiu-se o monopólio estatal de exploração e produção de petróleo e gás pela
estatal, permitindo a concessão de blocos de exploração para o setor privado, prática
mantida durante parte do governo de Lula e suspensa após a importante descoberta
já mencionada. Ao efetuar esta análise, considera-se a discussão acerca de dois
conceitos: desenvolvimentismo e neodesenvolvimentismo, o que contribui para a
investigação de possíveis aproximações e distanciamentos entre Vargas, Cardoso e
Lula. Em relação às fontes de pesquisa foram utilizados discursos e dados oficiais,
memórias e revisão bibliográfica.