Resumo:
A condensação superficial é um parâmetro fundamental na análise de desempenho das edificações e tem influência nos quesitos de habitabilidade e durabilidade. Este estudo avalia a umidade, a condensação superficial e o desempenho higrotérmico para as condições climáticas brasileiras, em edificações habitacionais unifamiliares. A proposta foi baseada nas normas EN ISO 13788:2012, EN 15026:2007 e ASHRAE 160:2009, utilizando simulação dos parâmetros hidrotérmicos e verificando os resultados tendo em vista características construtivas típicas. Através de simulação com o software WUFI® Plus, foram analisados quatro sistemas construtivos de paredes e quatro sistemas construtivos de forro, para as oito zonas bioclimáticas brasileiras, através de cidades representativas, sendo estas: Curitiba/PR (ZB1), São Lourenço/MG (ZB2), São Paulo/SP (ZB3), Brasília/DF (ZB4), Vitória da Conquista/BA (ZB5), Campo Grande/MS (ZB6), Cuiabá/MT (ZB7) e Manaus/AM (ZB8). Os resultados indicam que a ventilação natural e as condições do clima externo ampliam a umidade interna, em todas as zonas bioclimáticas, exceto na ZB8. A respeito dos tipos de unidades habitacionais analisadas, as que possuem menor volume foram as que apresentaram maior condensação superficial e umidade interna. Além de resistência térmica ou inércia térmica, as propriedades físico-químicas dos sistemas construtivos tiveram influência na condensação superficial. O impacto da umidade e da condensação superficial no desempenho higrotérmico foi menor que a influência das propriedades térmicas e dos climas que as edificações se localizavam. Este estudo contribui para a discussão a respeito da condensação superficial e do impacto da umidade em edificações, com diferentes volumes, sistemas construtivos e climas brasileiros.