Abstract:
O presente estudo teve como objetivo geral identificar a prevalência de má qualidade de sono e os fatores socioeconômicos associados, em 2.171 acadêmicos da área da saúde da Universidade de Rio Verde (UniRV), nos campos de Rio Verde, Aparecida de Goiânia e Goianésia. Para avaliar o desfecho má qualidade do sono, aplicou-se o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg (PSQI-BR) e um questionário padronizado, para coleta das informações socioeconômicos e demográficos, que envolveram as variáveis: sexo, idade, cor da pele, situação conjugal; características socioeconômicas: classe econômica, ocupação; características comportamentais: atividade física, tabagismo, consumo de álcool, consumo adequado de frutas, legumes e verduras e auto percepção de saúde; características dos discentes: curso. Realizou-se as análises por meio de Regressão de Poisson. A prevalência de má qualidade do sono foi de 63,5% (IC95%:61,4-65,5). Nas mulheres, a prevalência foi maior naquelas com 24 ou mais anos de idade (RP=1,24; IC95%=1,07-1,43), sem companheiro (RP=1,23; IC95%=1,07-1,43), que consumiam bebidas alcoólicas (RP=1,17; IC95%=1,05-1,31) e que referiram saúde razoável/ruim (RP=1,77; IC95%=1,62-1,93). Nos homens, a prevalência foi maior para os estudantes que fumavam (RP=1,24; IC95%=1,07-1,43) e tinham percepção de saúde razoável/ruim (RP=1,36; IC95%=1,16-1,58); e foi menor para aqueles que consumiam adequadamente frutas, legumes e verduras (RP=0,69; IC95%=0,54-0,88) e eram suficientemente ativos (RP=0,82; IC95%=0,71-0,95). Verificou-se elevada prevalência do desfecho na amostra. Além disto, notou-se que a má qualidade do sono ocorre de forma diferente entre homens e mulheres. Desta forma, ressalva-se a importância do monitoramento da má qualidade do sono em estudantes, a partir de realidades específicas, pois a qualidade do sono é importante e novos estratégias devem ser adotadas para melhorar a qualidade do sono dos acadêmicos desta universidade, em especial as mulheres, deverão ser adotadas pela instituição de ensino.