Resumen:
Esta pesquisa buscou verificar quais fatores seriam determinantes para IPOs que tiveram retorno anormal positivo, ou seja, retornos acima do mercado no longo prazo. Nela, consideramos 152 IPOs de empresas brasileiras ocorridos entre o período de 2004 e 2014, separando em amostras independentes, entre IPOs com retornos anormais positivos e IPOs com retornos anormais negativos. Utilizamos como prazo de retorno o período de um, dois e três anos após o IPO, sendo calculado pela metodologia de Buy-and-Hold Abnormal Return (BHAR) em que foi possível classificar cada IPO de acordo com seu retorno. Para dar uma maior robustez aos resultados, analisamos a amostra por meio de testes de médias Mann-Whitney e Kolmogorv-Smirnov nos casos de variáveis quantitativas, e os testes qui-quadrado de Person e Exato de Fisher nas variáveis qualitativas. A análise multivariada contou com o método de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), e os métodos Probit e Logit, com a atribuição de testar a probabilidade de retorno anormal positivo diante das variáveis do estudo. Os resultados encontrados indicam que IPOs de empresas com retornos anormais acima do mercado estão negativamente correlacionados com: 1) patamares menores de Taxa Selic, 2) patamares menores de PIB, 3) anos de poucas ofertas de IPOs, 4) Market-to-book e 5) alavancagem. Já positivamente correlacionadas: 1) presença de PE/VE, 2) preço/lucro, 3) ofertas lideradas pelo banco ItaúBBA, 4) tamanho da oferta e 5) risco país.