Resumen:
A carbonatação do concreto é uma das manifestações patológicas de ocorrência predominante em meios urbanos, dada a presença de dióxido de carbono. Se não identificada e tratada, pode conduzir à perda precoce de vida útil das edificações, afetando a sua segurança e estabilidade. O presente estudo teve como objetivo analisar a frente de avanço da carbonatação em pilares de três edifícios localizados na cidade de Porto Alegre – RS, verificando a vida útil residual das edificações, considerada em relação à despassivação das armaduras de aço. Cabe destacar que a edificação 01 se localiza a margem da rodovia BR 116 e Avenida dos Estados, local de tráfego intenso, e os edifícios 02 e 03 estão no bairro Moinhos de Vento, composto por clínicas, consultórios e demais edifícios corporativos, que também com um alto fluxo de veículos. Para colaborar com o entendimento da hipótese, uma extensa revisão teórica foi descrita e através dela foram elencados os problemas e alternativas. Para identificação da frente de carbonatação nos pilares dos edifícios aplicou-se análise colorimétrica com uso de indicador químico de potencial hidrogeniônico, pelo método de coleta do pó das estruturas de concreto. De posse da frente de carbonatação no momento da análise, estimou-se a vida útil das edificações através de modelos teóricos. Os resultados que os edifícios sob estudo apresentaram superfícies carbonatadas, cobrimento da armadura abaixo do prescrito em norma e, inclusive, elementos com vida útil terminada. Pode-se perceber nos diferentes elementos inspecionados a influência da classe de agressividade ambiental na frente de dano. Verificou-se ainda, não conformidade do cobrimento com o preconizado em norma. Assim, sugere-se maior atenção nas fases de projeto, execução e utilização, bem como a recuperação de alguns elementos, de forma a prolongar a vida útil e a segurança em uso e operação.