Resumen:
Quais são os usos concretos dos drones no espaço vivido imediato? Não há uma relação de afetação e convergência entre o drone da cultura bélica e o dos civis? Estaríamos diante de uma nova necessidade, emergência de uma nova cultura visual e comportamental? Através destas dúvidas, incitamos o leitor a refletir sobre as possibilidades que se “ocultam” ao se utilizar desta tecnologia, e que vêm construindo nos últimos 10 anos, no Brasil, não apenas novos negócios, mas contribuindo para a transformação da comunicação. Aplicamos uma pesquisa exploratória seguida das técnicas de observação, entrevista e análise dos registros. E destas, traçamos uma comparação entre as culturas, com intuito de compreender a relação dos atores operadores-drones-câmeras, justamente para identificar semelhanças e dessemelhanças, tendências estimuladas por efeitos digitais de visão e a relação expressiva com a tecnologia. Traçamos uma linha de pensamento a respeito da coleta de campo com base nas obras A Máquina de Visão, Guerra & Cinema, de Paul Virilio, e Teoria do Drone, de Grégoire Chamayou, para compreender o fenômeno da relação social com a tecnologia da comunicação. Como resultado, identificamos a soma de sentimento, necessidade, expressão, compartilhamento de “inteligência” e de experiência sensorial, efeitos digitais de imagens, princípio do surgimento de uma rede social imersiva e o início da nova geração de “guerreiros” que poderá mudar o estado da guerra moderna. Tudo isso como resultado da exploração de uma mídia remotamente controlada.