Vivemos um momento nas relações de comunicação que se caracteriza pela diminuição da influência das mídias tradicionais (rádio e televisão) no cotidiano da população média e pelo aumento da influência de mídias consideradas alternativas (Facebook, Twitter, Youtube, etc.). Diante do atual cenário tecnológico e social, o desenvolvimento de perspectivas pedagógicas e de metodologias de ensino que dialoguem com as novas mídias sociais parece ser um desafio urgente para a formação docente em Ciências Sociais. Nesse sentido, esta comunicação assume o Youtube e os youtubers como objetos de reflexão e problematizamos suas potencialidades para o ensino de sociologia. O Youtube se caracteriza por ter sido uma das primeiras plataformas online a possibilitar o upload e compartilhamento de vídeos. Ele pode ser visto por qualquer pessoa e qualquer uma pode colocar seu próprio vídeo, desde que se cadastre no site. Também não são necessários muitos recursos para se tornar uma pessoa que produz conteúdo de entretenimento a partir dele. Por esses motivos, Henry Jenkins o classifica como uma das instituições de mídias emergentes. Segundo ele, as mídias emergentes não substituíram as mídias já consagradas; pelo contrário, elas se “aliam” em um processo que o autor denomina de “produção cultural de convergências” (Jenkins, 2009; p. 347).