Abstract:
O envelhecimento populacional é um fenômeno global; reflexo da redução da taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida, em razão dos avanços no campo da saúde. O cenário causa inquietude para a sociedade moderna em virtude das implicações estruturais, socioculturais e econômicas. O estudo aborda a questão do envelhecimento ativo como um processo de otimização das oportunidades de saúde objetivando a melhoraria da qualidade de vida. Com o ritmo frenético do cotidiano, que estimula a atual dinâmica da sociedade de consumo, é natural que alguns indivíduos busquem alternativas ao padrão imposto pelo capitalismo. A busca por novas formas de viver, consumir e produzir estão se concretizando em diferentes propostas de assentamentos humanos. O estudo tem por objetivo apresentar o processo de planejamento e implantação de uma comunidade intencional sustentável em uma área rural. A pesquisa amparou-se no método empírico, na forma de um estudo exploratório, utilizando levantamento bibliográfico e visitas às comunidades intencionais para observação informal não dirigida e diário de campo, para captação de informações que subsidiaram a elaboração do Modelo de Negócio Social. Como resultado, e com o auxílio da ferramenta Canvas, foi discutido, desenvolvido e validado um modelo de negócio para comunidades intencionais, sustentável e colaborativo. O produto gerado denominado Holztel, em atividade; já vem contribuindo social e economicamente com as famílias locais, fomentando atividades de geração de renda e propiciando o acesso a horta urbana livre de agrotóxicos, mantida pelo projeto. Concluímos que a configuração física das comunidades intencionais se apresenta como alternativa viável para recuperação da responsabilidade dos cuidados primários a nível local, estimulando aspectos como a interação entre moradores e o desenvolvimento de um senso de comunidade e de pertencimento. O cuidado de enfermagem como prática social, pressupõe que devemos ir além dos limites institucionalizados e os modelos tradicionais. É nosso papel, em qualquer ambiente ou circunstância, o desenvolvimento do senso crítico e do protagonismo dos indivíduos visando o autocuidado, para manutenção de níveis aceitáveis de saúde da população. Tal conduta vem ao encontro da visão ampliada de saúde proposta pela Declaração de Alma-Ata.