Resumen:
O objetivo deste estudo é investigar empiricamente o comparecimento dos membros do conselho às reuniões e seus efeitos na remuneração do conselho de administração das empresas brasileiras de capital aberto listadas na BM&FBOVESPA, no período de 2015 a 2016. Para a consecução desta pesquisa, testou-se um grupo abrangente de variáveis considerando os argumentos da teoria de agência e a literatura anterior, mediante a utilização de regressão linear múltipla. Os resultados indicam que o tamanho do conselho e o número de conselheiros ocupados afetam negativamente a remuneração, enquanto que a independência do conselho, a participação em comitês, a idade e a área de formação são positivamente associadas com a remuneração do conselho de administração. Também se verificou que há relação entre o tamanho, a rentabilidade e o controle acionário da empresa com a remuneração do conselho. Identificou-se ainda que o percentual de frequência dos membros do conselho é de aproximadamente 93%, e que são realizadas em torno de 12 reuniões anuais, todavia o esforço do conselho de administração, medido pela frequência e o número de reuniões, não demonstrou significância estatística para explicar a remuneração. Essas descobertas fornecem implicações para futuras pesquisas a respeito do desempenho dos conselheiros no monitoramento da gestão e a remuneração do conselho de administração e dos executivos.