Resumen:
Esta pesquisa buscou compreender como se dá a construção do quadro cinematográfico dentro da obra da cineasta norte-americana Sofia Coppola a partir da análise de cinco de seus filmes: As virgens suicidas (1999), Encontros e desencontros (2003), Maria Antonieta (2006), Um lugar qualquer (2010) e Bling Ring: a gangue de Hollywood (2013). Para esse fim, se produziu um percurso histórico do cinema moderno na Europa e nos Estados Unidos no século XX, assim como do cinema independente norte-americano, contextualizando a obra da diretora dentro do movimento indie dos anos 1990. A fundamentação teórica estruturou-se a partir de conceitos e de ideias de Gilles Deleuze, Henri Bergson e André Bazin sobre a imagem. O processo da análise se baseou na metodologia da cartografia e dissecação audiovisual, de Deleuze, Félix Guattari e Walter Benjamin, trabalhando com as imagens nos filmes de Coppola, buscando entender como elas interagem entre si e o sentido que exprimem por meio dos elementos dentro do quadro. Através da análise se compreendeu como Coppola utiliza elementos como o corpo feminino, o olhar dos personagens, a vagueação e molduras secundárias para refletir sobre a sociedade contemporânea onde essas imagens são produzidas.