Resumen:
Apresentar um diagnóstico com sugestões para implantação de políticas para a mobilidade sustentável em cidades de médio porte é o objetivo da presente pesquisa. As sugestões aqui colocadas intencionam a reestruturação do sistema de trânsito e de transporte, promovendo a inclusão social, priorizando para curtas e médias distâncias os modos a pé e bicicleta e para as distâncias maiores o transporte coletivo. Assim sendo, surge um conjunto de proposições com o intuito de alterar os padrões de mobilidade existentes, transformando-o dentro de uma lógica de sustentabilidade. Contudo, a principal contribuição deste estudo encontra-se no emprego de estratégias de mobilidade para cidades de médio porte, valorizando prioritariamente pedestres, ciclistas e usuários de transporte coletivo. Faz-se uso da pesquisa qualitativa e quantitativa e estudo de caso. Foram realizadas entrevistas com os usuários do transporte público motorizado, não motorizado (ciclistas) e com portadores de necessidades especiais que usam o transporte coletivo. A amostra escolhida respondeu a um questionário estruturado com questões que objetivam identificar sua percepção em relação ao transporte utilizado. Também foram feitas entrevistas com portadores de necessidades especiais que utilizam o transporte coletivo, sendo utilizada a sede da ADFVFB, (Associação dos Deficientes Físicos e Visuais de Francisco Beltrão. As entrevistas direcionadas aos usuários da Ciclovia foram feitas com o Grupo de Ciclistas Pedala Beltrão. Cerca de 61% dos entrevistados não possui veículo próprio e necessitam de transporte coletivo para se deslocar no município; 58% avaliam como regulares as condições gerais do transporte público do município. A principal dificuldade encontrada no passeio público é para 34% dos entrevistados: a segurança, depois vem 25% que destacam ser a má conservação das calçadas, seguido por 18% que apontam a má sinalização para pedestres. Uma das maiores dificuldades de acessibilidade e mobilidade na cidade de Francisco Beltrão para o presidente da ADFVFB é o acesso, principalmente no comércio e em muitos órgãos públicos. E agora, uma outra grande dificuldade que vem surgindo atualmente é com relação a moradias, visto que não existem muitas opções de residências acessíveis para pessoas com deficiência, seja ela motora ou sensorial, no caso, visual ou auditiva. Ao final, o estudo apresentou sugestão de reestruturação do sistema de trânsito e de transporte, promovendo a inclusão social, priorizando para curtas e médias distâncias os modos a pé e bicicleta e para as distâncias maiores o transporte coletivo; ampliando o número de rotas do transporte coletivo; melhorando a qualidade do transporte coletivo; incentivando o uso de modos não motorizados; adaptando ruas para pedestres e cadeirantes e quadras em escala humana para incentivar o fluxo de pessoas; integrando o transporte de bicicleta com o transporte coletivo, entre outros.