Resumo:
A presente pesquisa é referente aos sepultamentos e demais práticas mortuárias das antigas populações do tronco Tupi, que se desenvolveram no território que hoje compreende o Brasil. O recorte temporal contempla do século I da Era Cristã ao início da colonização pelos europeus. O trabalho foi dividido em duas partes, sendo que a primeira é composta por dois capítulos, ambos inteiramente dedicados às fontes bibliográficas arqueológicas e os seus respectivos dados mortuários; a segunda parte, por sua vez, é composta por outros dois capítulos, um exclusivamente interessado nas fontes quinhentistas, produzidas por viajantes e cronistas em contato com o Tupinambá, e outro no cruzamento entre os dados etno-históricos e os arqueológicos; este último capítulo também contém outras problematizações do universo mortuário Tupi. Cada parte do trabalho conta com um referencial teórico específico: a primeira se vale de conceitos-chave da Arqueologia das práticas mortuárias, e a segunda, dos conceitos próprios da História, capazes de provocar a reflexão acerca das retóricas da alteridade. Como resultado, a pesquisa aponta a validade do diálogo entre a Arqueologia e a História, capaz de matizar a compreensão das práticas ameríndias antigas.