Resumen:
O presente estudo teve o propósito de desenvolver uma revisão bibliográfica em um dos artigos mais importantes e polêmicos no campo da Ciência da Computação, “Computadores e Inteligência” (nome original: Computing Machinery and Intelligence). O texto foi escrito em 1950 por um dos maiores gênios da matemática, que mais tarde revolucionou o mundo, Alan Mathison Turing (1912-1954). A partir de sua percepção crítica, esse excelente trabalho científico contribuiu significativamente para o desenvolvimento do computador digital e também deu início aos primeiros passos para os estudos sobre Inteligência Artificial. A pesquisa teve como objetivos investigar os motivos que levaram Turing a escrever o artigo, destacar as principais contribuições do artigo aos diversos campos do conhecimento, fazer um estudo pormenorizado sobre a pergunta áurea do artigo “Pode uma máquina pensar?” e compreender as principais objeções filosóficas a sua posição. Após análise, constata-se que o artigo escrito por Turing está em dividido em três partes: (i) o jogo da Imitação e o computador digital; (ii) objeções filosóficas à inteligência artificial e, por último, (iii) máquinas que aprendem. Destarte, justifica-se o desenvolvimento da pesquisa na sistematização e compreensão do tema escolhido a partir da Filosofia da Mente. A importância do tema se mostra no interesse significativo da área da filosofia pelos questionamentos realizados, oriundos da área da inteligência artificial. Essas indagações refletem os interesses antagônicos dos pesquisadores em IA. As respostas a essas questões dependem de como é definido "inteligência" ou "consciência" e exatamente que ‘máquinas’ estão sob discussão. Para melhor compreensão do assunto, serão analisados os argumentos de John Turing, John Searle, entre outros pensadores.