Abstract:
Esta dissertação tem como objetivo investigar qual foi o grau de repasse cambial para a inflação (pass-through), para os países selecionados da América Latina, em particular, Brasil, Chile, Colômbia e México, sob o enfoque macroeconômico, entre 2000 e 2015. Para isso empregou-se o modelo VAR/VEC. Os resultados das funções de impulso-resposta (relação de curto prazo) indicam que para o Brasil e Colômbia, a taxa de câmbio pressiona os aumentos da inflação e o pass-through é maior. Já no Chile e México, as variações do câmbio não predominam as variações da inflação (movimento de endogenia), sendo o pass-through menor. A Colômbia apresenta maior sensibilidade às mudanças cambiais, seguida de Brasil, Chile e México, nessa ordem. As equações de longo prazo mostram que no Brasil, Chile e México, aumentos na produção industrial tem o efeito de reduzir a inflação do país. Provavelmente isso ocorra devido ao efeito escala gerado na produção desses países. Outro resultado que destaca-se no longo prazo é a taxa de câmbio não ser significativa para o Brasil e Chile, sugerindo que as mudanças na taxa de câmbio não tem efeito sobre a inflação no longo prazo. Os resultados apontaram para direções semelhantes a outros estudos, além do grau de pass‑through ser incompleto (assimetria) e o maior repasse seja para países com setores produtores de bens de menor conteúdo tecnológico.