Resumen:
Este estudo teve como objetivo identificar as práticas de gestão estratégica de custos mais utilizadas de acordo com as estratégias competitivas adotadas por empresas do setor do agronegócio brasileiro. Para isso, foi realizada uma pesquisa (survey) entre as 400 maiores empresa do setor do agronegócio, o que resultou em 169 respostas válidas. A análise da frequência de respostas indicou alto nível de utilização de 6 das 14 práticas investigadas, com destaque para as práticas de custos logísticos, custo-padrão e custo da qualidade. A estratégia de posicionamento competitivo de liderança em custos é a mais utilizada, sendo adotada em 43 empresas, enquanto que a estratégia competitiva por diferenciação é utilizada em 27 empresas e a por enfoque por 9 empresas. Há elevado número de empresas (90) identificadas com posicionamento estratégico indefinido ou sem estratégia (meio-termo). A análise fatorial foi aplicada para a criação de fatores que pudessem relacionar as práticas de GEC com as estratégias competitivas, porém, a maioria dos resultados esteve agrupada em um único fator. Dentre as 79 empresas classificadas com posicionamente estratégico de baixo custo, diferenciação ou enfoque, foi possível concluir ambas as estratégias utilizam as práticas de GEC custos logísticos, custo da qualidade e custo-padrão. As práticas de GEC custeio de atributos, custos ambientais, custo-meta e TCO são mais utilizadas em empresas que se posicionam com estratégia de baixo custo. As práticas custos ambientais, TCO, custo do ciclo de vida e custos interorganizacionais são mais utilizados em empresas cuja a estratégia é por diferenciação. Nas empresas que buscam vantagem competitiva através do uso de estratégia de enfoque por diferenciação de produtos são utilizadas 12 das 14 práticas de custos analisadas.