Resumo:
Esta dissertação abarca como objetivo geral analisar se a forma de remuneração dos executivos impacta o desempenho das empresas brasileiras de capital aberto. A literatura sugere que a remuneração dos executivos por incentivos visa reduzir o problema de agência e alinhar seus interesses aos dos investidores. Utilizando a base de dados do IBrA, este trabalho procura testar a hipótese de que a remuneração dos executivos impacta positivamente o desempenho das empresas brasileiras de capital aberto. A análise de 150 empresas brasileiras de capital aberto, listadas no IBrA, do período entre 2010 e 2015, indica impacto significante entre remuneração dos executivos e desempenho, com presença de maior significância entre a relação de remuneração dos executivos e o desempenho calculado pelo Q de Tobin, e menor significância através do desempenho calculado pelo retorno do patrimônio liquido. Ao analisar a amostra de dados dividida em critério de controle acionário ou origem de capital de empresas familiares, estatais e demais privadas, de controle acionário não familiar, as organizações familiares evidenciaram significância próxima às empresas privadas, e as empresas estatais não revelaram significância nas variáveis de remuneração total e índice da remuneração variável. A análise por setor também denotou maior significância em relação ao Q de Tobin do que em relação ao retorno do patrimônio líquido.