Resumen:
Nos últimos anos o futebol tem se fortalecido como uma relevante atividade econômica no Brasil. Porém, mesmo movimentando um grande montante de recursos os clubes muitas vezes não são economicamente eficientes nesse processo. A aprovação da Lei 13.155/2015, também chamada de lei do PROFUT, reforça a importância de que os clubes utilizem de forma eficiente seus recursos, exigindo tais práticas em contrapartida do parcelamento de dívidas federais. Assim, esta pesquisa analisa a eficiência econômica relativa em clubes brasileiros de futebol. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa. Os dados analisados pertencem aos anos de 2011 a 2015. Aplicando-se a metodologia da Análise Envoltória de Dados determinou-se a eficiência econômica relativa dos 26 clubes brasileiros de futebol que compõem a população. Na análise de eficiência econômica relativa comparando os clubes ano a ano, nove clubes atingiram o escore de 100% no ano de 2011, nove em 2012, 13 em 2013, 15 em 2014 e 12 em 2015. Analisando-se a eficiência econômica relativa dos clubes em todo o período, apenas 13 DMU’s foram consideradas economicamente eficientes. Em ambas as análises as variáveis que mais contribuíram para a obtenção dos escores foram receita operacional líquida, custos operacionais e ativo total (-) ativo imobilizado. Entre as melhorias necessárias destacam-se os aumentos da margem de lucro e do resultado financeiro líquido. Por meio dos resultados encontrados, destaca-se também a dificuldade de os clubes de futebol possuírem recursos estrategicamente relevantes como fonte de vantagem competitiva sustentável, indo de encontro a alguns estudos sobre o tema, assim como a ausência de evidências para afirmar que existe relação estatisticamente significante entre desempenho esportivo e eficiência econômica.