Abstract:
Uma nova abordagem do espaço arquitetônico vem ganhando destaque nos processos de planejamento em saúde, através da relação do espaço construído como propiciador do bem-estar físico e emocional das pessoas. Essa abordagem reforça a necessidade de diretrizes de projeto inovadoras, que contribuam para a geração de ambientes que cumpram seu papel de prestação de cuidados, além de contribuir para a promoção da saúde. Essa maneira de pensar os projetos de saúde já vem reunindo um expressivo número de pesquisas, que estão mudando o olhar sobre a arquitetura e sobre o edifício hospitalar, ajudando a construir um novo paradigma de hospitais mais sustentáveis. Entretanto não existe, até o momento, um consenso sobre quais caraterísticas os edifícios hospitalares devem ter para serem considerados sustentáveis. Dessa forma, entende-se que a criação de um instrumento para análise e elaboração de projetos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - EAS que busque uma interação mais eficiente e sustentável entre edifício e ambiente faz-se necessária. Para tanto, duas importantes questões foram consideradas: como os edifícios hospitalares podem se adequar ao meio ambiente? Como os edifícios hospitalares podem influenciar a assistência aos pacientes, atendendo os preceitos da sustentabilidade? Esta pesquisa tem como objetivo propor um instrumento com diretrizes para elaboração de projetos de EAS, baseados nos princípios de sustentabilidade e integrados aos conceitos de Humanização e Design Baseado em Evidências, através de uma metodologia que se insere na filosofia das ciências do design, alinhado à estratégia de pesquisa construtiva devido à relevância do tema. Entende-se que este instrumento poderá servir como base para o desenvolvimento de projetos na área da saúde, auxiliando projetistas e equipe técnica, além de possibilitar a revisão e adequações de normas. Nesse momento, um pensamento crítico é necessário para desenvolver boas soluções que atendam aos requisitos do projeto, com a arquitetura como meio terapêutico, ampliando o bem-estar dos pacientes e profissionais e buscando alternativas e instrumentos para aprimorar a atividade de atenção aos pacientes, numa relação equilibrada entre o ambiente construído e os preceitos de sustentabilidade.