Resumen:
Esta dissertação busca analisar a relação existente na avaliação de desempenho medida por meio de indicadores não financeiros e indicadores financeiros de empresas do setor aéreo brasileiro. A pesquisa realizada é do tipo aplicada, com abordagem quantitativa com análise documental. Para atender aos objetivos, foram realizadas a correlação de Pearson e a regressão dinâmica. A pesquisa teve como amostra as empresas TAM, GOL e AZUL que juntas atenderam mais de 90% do mercado doméstico de aviação civil em 2013. O período pesquisado é de 2002 até 2013 para TAM e GOL. A AZUL, fundada em 2008, teve os dados pesquisados do ano de sua fundação até 2013. A coleta de dados foi realizada nos sites da ANAC e da CVM. Os resultados das correlações sugerem haver uma relação entre os indicadores não financeiros com a imobilização e o endividamento da GOL. Porém, há uma relação negativa de todos os indicadores não financeiros com os indicadores de margem e rentabilidade para TAM e GOL, ao contrário do que foi encontrado para a AZUL. Os resultados da regressão dinâmica mostram que não foi possível explicar a relação entre os indicadores não financeiros com os indicadores de rentabilidade. Contudo, foi encontrada relação com baixo poder de explicação de todos os indicadores não financeiros com os indicadores de participação de capital de terceiros da TAM e GOL e de endividamento bancário para esta última companhia. Portanto, o desempenho operacional (não financeiro) das companhias aéreas brasileiras TAM e GOL cresceu substancialmente no período pesquisado, mas não foi suficiente para melhorar o desempenho dos indicadores de rentabilidade e, além disso, ampliou o endividamento das empresas. Alguns dos fatores que contribuíram para o baixo desempenho da rentabilidade são: as variações cambiais do dólar americano em relação à moeda brasileira, os custos elevados com combustíveis, a diminuição das receitas por ASK maior que as reduções dos custos operacionais e a elevação de despesas financeiras. Além disso, há a dificuldade em repassar o aumento de custos no preço de comercialização dos bilhetes.