Resumo:
Este trabalho tem por objetivo analisar como as ações de responsabilidade social empresarial (RSE) desenvolvidas por uma empresa plantadora de eucalipto na Zona da Amazônia Legal agregam valor para a empresa e para seus stakeholders. A pesquisa se desenvolveu por meio de estudo de caso, com coleta de dados por meio de entrevistas e análise de resultados com base no referencial teórico existente na literatura disponíveis no portal CAPES, GOOGLE ACADÊMICO, SCOPUS/SCIENCE DIRECT, EBSCO, EMERALD, Livros e Revistas. Foram estudados a empresa, stakeholders internos, stakeholders externos vinculados à empresa e stakeholders externos, a fim de analisar como a empresa define sua estratégia de negócios ao mesmo tempo em que contempla ganhos financeiros sem perder de vistas com relação a sua responsabilidade perante toda a sociedade. A empresa estudada situa-se numa região de floresta amazônica, cerrado e área de transição. Embora abrigue polêmicas em torno de suas atividades, mostra-se sensível às questões sociais e ambientais. Os resultados indicam que para a empresa conseguir a agregação de valor por meio de RSE foi necessário investir na governança humana dos seus colaboradores e integrar as iniciativas sociais com as suas estratégias de negócios, alternativa importante para práticas de desenvolvimento sustentável na região da Amazônia Legal. A empresa obtém agregação de valor de suas iniciativas de RSE dado as melhorias de relacionamentos com os grupos de stakeholders, motivação dos trabalhadores, ganho em produtividade e melhoria da imagem corporativa. No que se refere aos stakeholders internos (funcionários), as ações de RSE geram valor em função da melhoria de vida dos profissionais, somadas ao respeito e á preocupação da empresa relacionado à preservação do meio ambiente. Para os stakeholder externos vinculados à empresa (parceiros), o valor agregado é evidenciado na melhoria da qualidade de vida no campo social, econômico e ambiental da comunidade. E os stakeholder externos ratificam-se os problemas relacionados à água após o plantio de eucaliptos, e questiona-se que o Estudo de Impacto Ambiental que concedeu o licenciamento da empresa não contempla todo o território indígena.