Resumo:
Na terapia intravenosa as complicações podem ser evitadas através da prevenção dos riscos relacionados. O principal desfecho negativo em acessos vasculares é a flebite. Para minimizar a possibilidade de erros de julgamentos subjetivos e transformar um instrumento de avaliação em um instrumento de qualidade, é importante a fidedignidade e a validade do mesmo, condição necessária para sua credibilidade e difusão. OBJETIVO: desenvolver e validar uma escala de classificação de risco para flebite. MATERIAL E MÉTODO: O desenvolvimento metodológico fundamentou-se no modelo da psicometria composto por três etapas de procedimentos: teórico onde foi definido o construto a serem medidos e formulados os itens da ferramenta, empírico onde foram desenvolvidas orientações para os usuários e respondentes, assim como foi testada a confiabilidade e validade da ferramenta (experimentais) e por fim, analítico (estatístico), onde foram analisados os resultados obtidos. A validação do conteúdo foi feita quantificando o grau de concordância dos juízes, utilizando-se o índice de Kappa e a análise de Cronbach foi utilizado para avaliar a consistência interna do instrumento. RESULTADOS: dos 33 itens da escala inicial, permaneceram 18 itens após a avaliação dos juízes. Na segunda rodada, resultaram 15 itens. E após o teste de validação, permanecerem 13 itens. CONCLUSÃO: algumas limitações para que os resultados fossem considerados melhores, tais como o instrumento ser aplicado em um único hospital, a amostra ser pequena e de conveniência, tempo, recursos financeiros e a taxa de flebites encontrada em uma população, conforme recomendação internacional é de 5%, sendo que a taxa de flebite do hospital é de 4,03%. Apesar da escala não apresentar qualidades psicométricas suficientes para sua aplicação momentânea, isto não inviabiliza as etapas já construídas, sendo necessários outros estudos para a sua validação, em outros locais, onde a incidência de flebite seja maior que 5%.