Resumen:
Em diversos países do mundo tem ocorrido uma busca por novos modelos de avaliação do progresso econômico e social. Apesar de o crescimento econômico ser importante, novas prioridades são necessárias para as sociedades atingirem níveis mais elevados de bem-estar. Este estudo insere-se neste contexto e objetiva propor uma medida de progresso multidimensional para ser utilizada na América do Sul, Costa Rica e México. Para isto, foram analisados 50 estudos de diferentes centros de pesquisa, que tinham objetivos similares em diferentes regiões, dos quais foram selecionados 14. Estes serviram de referência para a construção de um quadro referencial (framework), o qual forneceu uma abordagem conceitual e uma estrutura lógica com os domínios e dimensões necessários para avaliação o progresso. A partir deste framework foram elencados 50 indicadores, fornecidos por 12 bases de dados diferentes, os quais foram utilizados para uma avaliação abrangente do progresso e bem-estar ao longo do tempo, considerando por período de análise a primeira década do século XXI, e levando em conta fatores econômicos, sociais, ambientais, subjetivos, dentre outros. A metodologia utilizada baseou-se no método de escore-z, para tratamento dos dados, e no método estrutural-diferencial, para análise e ranking dos países. Os resultados encontrados apontaram que as dimensões Economia e Emprego são aquelas que mais contribuíram para o progresso dos países, enquanto Meio Ambiente é dimensão que causo maior regresso. Outrossim, foi estabelecido um ranking do progresso, o qual é encabeçado pelo Uruguai, seguido pelo Chile, Costa Rica, Argentina, Brasil, México, Venezuela, Colômbia, Paraguai, Peru, Equador e, em último lugar, a Bolívia. Em relação aos países que mais progrediram no período, verificou-se o Brasil em primeiro lugar e o México em último.