Resumen:
Esta dissertação de Mestrado buscou compreender a experiência da maternidade em relação à separação do primeiro filho, no período de adaptação do bebê na escola de educação infantil, devido ao fim do período de licença-maternidade e o retorno ao trabalho. Estudou-se sobre o valor materno atribuído à mulher ao longo de três séculos, compreendendo as transformações nesses papeis a partir da entrada da mulher no mercado de trabalho e aprofundando a revisão entorno das pesquisas que se propõem articular os dois temas, maternidade e carreira. Com base nestas referencias e no entendimento que a psicanálise dá as transformações psíquicas necessárias para a mãe voltar-se nos momentos inicias da vida do bebê à relação mãe-bebê foi realizado um estudo qualitativo com delineamento de Estudo de Casos Múltiplos. Participaram desta pesquisa 4 mães primíparas que encontram-se no período de adaptação do bebê à Escola de Educação Infantil devido ao seu retorno ao trabalho pelo fim da licençamaternidade. Através de quatro entrevistas foram investigados: o perfil das mães, a experiência da maternidade e seus sentimentos, o trajeto da carreira, bem como as expectativas e dificuldades quanto ao retorno e o genograma da família. A pesquisa mostrou o valor que as participantes atribuem ao trabalho, o conflito das mães que sabem das suas funções com os bebês, mas sentem-se mais adaptadas no ambiente profissional, a visão da escola como um ambiente que possibilita a socialização do bebê e as estratégias para conciliar os papeis de mãe e profissional. Considera-se que esta dissertação pode contribuir para a ampliação de reflexões acerca da mulher e de sua função como mãe na sociedade atual, abrindo espaços de aprimoramento e discussão com as pessoas responsáveis pelos cuidados nos bebês na primeira infância, no sentido de prevenção e intervenção nos novos locais de subjetivação.