Resumen:
A presente tese aborda a cooperação entre universidade, empresa e governo na promoção de ambientes de inovação em parques científicos e tecnológicos. As evidências teóricas sobre as influências da troca de informações e de conhecimentos entre as empresas e instituições em um ambiente de inovação conduziu este estudo. Desse modo, o estudo tem como objetivo propor um esquema conceitual que possibilite compreender os elementos envolvidos na promoção de ambientes de inovação em parques científicos e tecnológicos, a partir da dinâmica de cooperação entre universidade, empresa e governo. Partindo da investigação empírica procurou-se elaborar um esquema conceitual para auxiliar a compreensão do ambiente de inovação. A pesquisa utilizou a estratégia de estudo de casos múltiplos, sendo realizada através de entrevistas em profundidade com os gestores das empresas e das instituições envolvidas no Tecnosinos (Brasil) e no Taguspark (Portugal). Dentre as principais conclusões da pesquisa são sintetizadas as seguintes evidências teóricas: a) os fatores determinantes de necessidade, reciprocidade e legitimidade influenciam a formação de uma relação interorganizacional; b) a coerência entre os objetivos individuais e coletivos, a interação entre as organizações e os mecanismos de coordenação influenciam a cooperação interorganizacional; c) a cooperação interorganizacional, os efeitos da proximidade geográfica, as infraestruturas e os serviços, a universidade, o governo e o capital de risco são elementos envolvidos na promoção de ambientes de inovação e influenciam os ganhos coletivos em um contexto de parque científico e tecnológico. Em resumo, as evidências da pesquisa indicam que as contingências, os atributos e a cooperação, os efeitos da proximidade geográfica, as infraestruturas e os serviços, a universidade, o governo e o capital de risco incluídos no esquema conceitual correspondem aos principais elementos envolvidos no ambiente de inovação em parques científicos e tecnológicos.