Resumen:
Esta pesquisa teve por objetivo analisar os indicadores considerados de qualidade para os envolvidos com a educação numa escola privada de Porto Alegre/RS, tendo como ênfase o processo de avaliação dos alunos do Ensino Fundamental II. Apresentam-se as percepções de pais, alunos, professores e gestores do Colégio X sobre os indicadores considerados de educação de qualidade. A metodologia usada como base foi o estudo de caso qualitativo e quantitativo, por meio de entrevistas direcionadas à Direção e ao Serviço de Orientação Pedagógica e de questionários aplicados a pais e a alunos. Para tanto, buscou-se esclarecer a qualidade e seu significado polissêmico em relação a perspectivas diferentes devido a fatores como tempo, espaço e idiossincrasias, em termos industriais e, posteriormente, na esfera educacional. Foram apresentados os requisitos para indicadores de educação de qualidade de autores diferentes e associados aos possíveis indicadores extraídos da pesquisa. Como conclusão, observou-se, principalmente, que os indicadores extraídos das entrevistas com gestores e professores se diferenciam, sendo semelhantes apenas em questões como a integração entre o cognitivo e o afetivo no que diz respeito ao ambiente educativo; o acesso à tecnologia como indispensável; e os aspectos físicos, relacionados ao ambiente e aos recursos de trabalho disponíveis. Em outros aspectos, requisitos de indicadores de educação de qualidade diferentes foram citados: a formação e a remuneração dos professores, a interdisciplinaridade e os projetos de saída de campo; enquanto gestores citam o controle das menções nas disciplinas e o aspecto religioso como formador do aluno. Na análise quantitativa, houve maior concordância quanto às satisfações e concordâncias dos itens propostos; apresentando divergências em relação à concordância na questão da formação contínua de gestores e professores, em que pais atribuíram valor representante de maior concordância total em relação aos alunos; à integração de conteúdos científicos e questões éticas e morais na avaliação, em que alunos demonstraram um grau de concordância total maior que os pais e, sobretudo, em relação ao quesito sobre qualidade da educação, em que alunos demonstraram maior concordância total em relação ao apresentado pelos pais.