Resumen:
Esta dissertação de mestrado trata do reconhecimento dos neologismos presentes nos textos de economia do jornal Zero Hora, veículo de comunicação de maior destaque do gênero jornalístico no Estado do RS. Por ser um jornal, os textos são destinados ao grande público e tratam de vários assuntos sob o ponto de vista econômico. Objetivamos, com esse estudo, contribuir para o desenvolvimento e ampliação dos estudos referentes à neologia lexical da econo mia, que, em geral, não inclui o Rio Grande do Sul. De modo específico, foram selecionados os candidatos a neologismos a partir dos textos referentes a 26 edições do jornal em estudo – 13 edições do Caderno Dinheiro e 13 edições referentes ao dia de quinta-feira dos meses de julho, agosto e setembro de 2011. Obtivemos inicialmente 402 candidatos a neologismos e a sua validade foi verificada nos dicionários que compõem o corpus de exclusão do estudo. Metodologicamente, confirma-se como neologismo se não há registro no dicionário. A partir disso, identificamos 28 termos neológicos que representam nódulos cognitivos da economia, consideramos também, a frequência desses neologismos. Os resultados da pesquisa mostraram, após a consulta no corpus de exclusão, a existência de neologismos próprios da economia, de neologismos de outras áreas de especialidade e de neologismos da língua geral. Levando em conta essas evidências, observamos que a economia é uma área híbrida que se aplica a vários setores da sociedade. Verificamos também, que utilizar apenas um único critério para reconhecer neologismos – corpus de exclusão – não é suficiente, pois obtivemos um número significativo de candidatos a neologismos que não estavam dicionarizados e, ao mesmo tempo, não puderam ser considerados neologismos devido a várias questões. Além da condição de neologismos, também analisamos os seus processos de formação e as suas estruturas formais. Observamos que os empréstimos linguísticos oriundos da língua inglesa, as composições sintagmáticas e as composições sintagmáticas com estrangeirismo foram muito produtivas, totalizando 78% dos neologismos obtidos na nossa pesquisa. Os processos sintáticos de prefixação e sufixação, no entanto, mostraram-se pouco produtivos.