Resumen:
A investigação aborda as tecnologias digitais (TD), na relação com as demais tecnologias de informação e comunicação (TIC), configuradas como mediadoras das práticas pedagógicas dos professores no processo de ensino, e, a partir daí, suas implicações e efetividade de uso na escola em tempos contemporâneos. A pesquisa, com abordagem qualitativa, configura-se no âmbito do estudo de caso que busca captar as concepções dos sujeitos sobre as tecnologias digitais e as práticas pedagógicas. O campo empírico escolhido foi uma escola pública municipal do Piauí, cujos professores têm à sua disposição objetos técnicos como datashow, notebook e um laboratório de informática adquirido em 2002 através do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) e acesso a internet através do Programa Banda Larga nas Escolas configurada em sistema de tecnologia WiFi(Wireless Fidelity). Os professores colaboradores da pesquisa foram selecionados previamente por meio de um questionário. Além da entrevista semiestruturada, a coleta de informações foi complementada por meio de observação no campo empírico, leituras de documentos, acesso ao banco de dados informatizados, sites, livros, trabalhos acadêmicos, artigos, dentre outros disponibilizados na web. O referencial teórico apoia-se nas contribuições de estudiosos contemporâneos como Adams (2010), Castells (2004), Demo (2002, 2007), Freire (1987, 1996), Lévy (1999), Lopes (2010, 2011), Moraes (2011), Moran (2004), Oliveira (1999, 2001), Santos (1994, 2006), Schlemmer (2011), Schwartz (2008), Tedesco (2004) e Valente (1999). O resultado da pesquisa demonstra que as tecnologias digitais estão presentes nas práticas pedagógicas dos professores, que, na sua maioria, as utiliza em atividades do processo de ensino. Porém, sua utilização resulta, na maioria das vezes, do esforço próprio dos professores, seja na prática com experiências individuas, seja em qualificação pelo Núcleo de Tecnologia de Teresina (NTHE). Os professores estão conscientes da urgência de apropriarem-se dessas inovações para adequarem-se ao novo perfil do aluno que demonstra habilidade no manuseio dessas tecnologias digitais presentes no cotidiano escolar. Conclui-se ainda que a Unidade de Ensino, o laboratório de informática criado para ser um espaço de promoção da inclusão digital, apresenta limites no sentido de atender plenamente aos objetivos propostos no Decreto nº 6.300, de 12 de dezembro de 2007, que dispõe sobre o ProInfo.