Resumen:
Este trabalho visa realizar um estudo descritivo da terminologia da Geologia através da análise da dimensão linguística de duzentos termos extraídos de um glossário da internet e da classificação destes em categorias cognitivas que demonstram como se organiza o conhecimento desta área e de que forma ele é comunicado. Acreditamos que, de posse destas informações, o tradutor que se depara com um vazio denominativo durante seu trabalho terá subsídios para criar uma equivalência tradutória que não fuja dos padrões apresentados pela área com a qual está lidando. A pesquisa foi realizada em três etapas: descrição formal da terminologia da Geologia, classificação dos termos em categorias cognitivas e por fim, relações com a tradução. Na primeira etapa foram consideradas, para os termos simples, características como a classe gramatical, presença de sufixos e prefixos, recurso a formantes gregos e se o termo também é utilizado no léxico geral da língua. A análise dos sintagmas terminológicos é realizada visando descrever quais as configurações predominantes nestes termos. Na segunda etapa de nosso trabalho, os termos analisados foram classificados em onze diferentes categorias cognitivas para então serem descritos os padrões formais em cada uma dessas categorias da Geologia. A terceira e última etapa de nosso trabalho busca, através dos resultados obtidos nas etapas anteriores, realizar o levantamento de dificuldades de tradução em relação à Geologia e oferecer orientações quanto à equivalência de termos entre a língua portuguesa e a língua inglesa. Os resultados de nosso trabalho em relação à constituição formal dos termos demonstram que na Geologia há a predominância de termos simples, de base nominal e sintagmas compostos por um substantivo seguido de um adjetivo. Em relação às categorias cognitivas, é possível afirmar que a maioria dos nossos termos denominam rochas ou minerais, configuração física de materiais ou processos. As conclusões que obtemos após terceira etapa do nosso trabalho, que realizou o cruzamento de equivalentes em língua inglesa com os resultados obtidos na etapa anterior, demonstraram a importância do tradutor conhecer a área a qual está traduzindo terminológica e cognitivamente, e nunca abrir mão da consulta a um especialista, uma vez que a dificuldade de tradução mais evidente ocorre em relação ao sufixo único utilizado em língua inglesa para a denominação rochas e minerais, sendo que cada um desses materiais recebe um sufixo específico em português.