Resumen:
Ao longo dos últimos 20 anos, as economias aumentaram de forma acelerada seus estoques de reservas internacionais. As reservas globais, que eram de aproximadamente um trilhão de dólares em 1990, passaram para dois trilhões de dólares em 2000 e em 2010, o volume das reservas mundiais foi de 9,7 trilhões de dólares. Este processo também pode ser observado nos países do MERCOSUL e BRICs, principalmente nos últimos cinco anos, onde o estoque de reservas passou de aproximadamente US$ 1,2 trilhão no fim de 2005, para US$ 4,2 trilhões no fim de 2010. Nesse contexto, o objetivo do estudo é analisar o nível das reservas internacionais desses países, levando em consideração o seu papel para reduzir a probabilidade de ocorrência de crises e para proporcionar credibilidade. O resultado obtido, por meio dos índices de coberturas das reservas internacionais em relação à dívida externa de curto prazo e das importações, indica que volumes maiores de reservas, são relevantes para reduzir o custo e a probabilidade de crises. Ademais, verificou-se que os níveis de reservas acumulados pela maioria dos países emergentes analisados, estão acima do nível considerado ótimo. Por conseguinte, elevados estoques de reservas internacionais implicam em gastos desnecessários de recursos para sua manutenção, ainda que possam ser justificados, parcialmente, pelos benefícios que proporcionam. Para o caso brasileiro, o custo de carregamento das reservas internacionais entre 2004 e 2010 foi de R$ 26,8 bilhões ao ano.