Resumen:
Esta pesquisa constitui-se como uma tese de doutoramento contextualizada em um cenário de necessidade de mudanças significativas nas práticas pedagógicas em salas de aulas do Brasil. O objetivo foi colocar luz sobre a formação de professores, já que eles podem representar o lugar onde esta mudança deveria estar sendo semeada. A tese assume a perspectiva da Aprendizagem Significativa Crítica para a Humanização como a abordagem mais apropriada para desenvolver os caminhos para qualidade em educação e, consequentemente, melhorias sociais no Brasil. O estudo coletou e analisou representações sociais de alunos de cursos de formação de professores como forma de tentar identificar movimentos de conservação e de subversão que estariam regendo seus desempenhos como alunos em sala de aula. Para tal, usou mapas conceituais. A metodologia foi inovadora em si mesmo, pois envolveu um questionário que consistia de mapas conceituais pré-desenhados quanto a “O que um bom aluno faz?” de acordo com o quadro teórico da conservação e, outro, da subversão. Os sujeitos eram convidados a interpretar, responder perguntas e redesenhar os mapas como quisessem de forma que representassem suas próprias representações. Os resultados mostram que, devido a uma possível falta de hábito ou de habilidade reflexiva, os alunos tendiam a concordar com o mapa, não importando qual fosse o conteúdo. Tal foi considerado como uma atitude conservadora, a qual estaria em concordância com uma representação de “bom aluno” que carregava possivelmente o tom da experiência escolar tradicional como aluno destes professores prospectivos. Uma representação em que forças inertes de conservação ainda são fortes e não parecem afetadas pela experiência de formação, levando à potencial conservação mais tarde, em aula,como professores.