Abstract:
Existem dois fatores fundamentais para a definição da sociedade ocidental contemporânea: o primeiro é sua busca pela construção de identidade própria perante a massa e a complementação emocional através da aquisição de produtos imbuídos de significados, muito evidenciados nos produtos de design; o outro diz respeito à crescente demanda consumista por novidades e a velocidade crescente de defasagem em função da escalada tecnológica, colocando os produtores em permanente estado de vigília, pois a necessidade de desenvolvimento contínuo de inovações pauta rotina das empresas. Em resposta a esse cenário, surge o design-driven innovation, com a premissa de que monitorar, identificar e captar os mínimos sinais de transformações sociais permite a
antecipação às demandas por produtos, possibilitando entregas ainda nem pensadas pelos consumidores. A fim de estudar a aplicabilidade dessa visão originalmente européia ao contexto regional, foi desenvolvido um estudo de caso único com uma empresa fabricante de utilidades domésticas de expressividade nacional, cujos dados foram obtidos através de entrevistas e documentos secundários, posteriormente analisados via análise de conteúdo. Os resultados extraídos apontam pouca proximidade à proposta do design-driven innovation, demonstrando a necessidade de um esforço entre as diversas camadas funcionais da organização na tarefa de disseminar a cultura
de inovação.