Resumo:
Este estudo objetiva discutir como o conceito de mascarada lacaniano é estruturado a partir da obra de Joan Rivière, intitulada “feminilidade como mascarada”, de 1929. Pensar as mulheres como tributárias de uma falta não mais pensada determinada anatomicamente, mas culturalmente construída, permite que se possa refletir sobre a construção de uma feminilidade a partir das vertentes da arte e da revolução. É proposta uma reflexão acerca das mudanças proporcionadas pela contemporaneidade as quais influenciam a construção da identidade feminina. Para isto, exemplificam-se as implicações do contemporâneo no laço social a partir do discurso de mulheres participantes de um grupo terapêutico. Busca-se, sobretudo, compreender o construto referente à feminilidade a partir das teorizações de Freud e Lacan, para, em seguida, articulá-lo ao que é veiculado no discurso feminino contemporâneo.