Resumen:
Este trabalho busca identificar e interpretar lógicas simbólicas de pertencimento e de exclusão advindas do contato entre diferentes grupos etno-culturais, constituídos por Xavantes, Pioneiros e Gaúchos, com base em trabalho de campo etnográfico realizado na cidade de Nova Xavantina, estado do Mato Grosso. A pesquisa de campo fez uso da observação participante, com registro em diário de campo, entrevistas semi-estruturadas e de grupos focais e da consulta a registros em arquivos. Como resultado, a pesquisa indica que estar em contato constante com o branco não torna o Xavante menos indígena, pois seus vínculos étnicos, bem como a valorização dos costumes próprios, são reafirmados, reelaborando-se as formas de ser índio na cidade. Já os Pioneiros demonstram tensões identitárias quando seu papel histórico é questionado, e com isso evidenciam a existência de fronteiras simbólicas. Enquanto isto, os Gaúchos atribuem a si próprios o pioneirismo, por haverem desenvolvido a região a partir de seus valores de trabalh