Resumen:
Em suas primeiras obras, Michel Foucault afirma que vivemos uma sociedade de controle, onde a subjetividade é moldada e produzida pelo sistema vigente. Por meio da relação entre discurso, verdade e poder percebe-se que a subjetividade na sociedade contemporânea é produzida por discursos enunciadores de verdades que nem sempre são as nossas, isto é, há uma constante produção de modos de ser que nem sempre é desejado, mas sim, induzido. Será estudado, portanto, em um primeiro momento, que o tipo de ethos que a sociedade contemporânea construiu está preso a uma norma de existência e, num segundo momento, como se pode resgatar o poder do sujeito enquanto criador de si, analisando a noção de ética e estética da existência. A hipótese levantada é pensar a formação da subjetividade a partir de uma constituição criativa/criadora que se dá por meio de uma práxis, da realização das virtudes. Para tanto, Foucault realiza uma volta aos gregos, buscando conceitos como epimeloû heautoû (cuidado de si), e resgatando a práti